Sunday, April 30, 2006

FREUD

Um dos biógrafos de Freud tem o apelido Gay.

Tuesday, April 25, 2006

SO AND SO

O cinema Londres não via tanta gente há pelo menos vinte anos (ou mais, ou mais...). Grupos de late 20s early 30s, com óculos de massa e t-shirts às riscas horizontais, vagueiam pela Avenida de Roma comentando filmes obscuros para 99% da humanidade. As senhoras das bilheteiras supiram e esperam que isto passe rápido - vem tanta gente comprar bilhetes que não se pode pôr a conversa em dia, fazer crochet ou dormir a soneca do costume. Os projeccionistas estão à beira de um ataque de nervos - bobines que chegam e outras que parte, horários flexiveis, ter que esperar que a malta acabe de falar para iniciar a projecção. O restaurante chinês tailandês ao lado do Hotel Lutécia tem mais que três pessoas a jantar. No king servem-se numa noite de indie do que num mês normal. E entretanto, nos écrans, vão passando coisas maravilhosas (Perfect couple), peculiares (Eli Eli Lema....), chatas (L´intrus) e muito esquisitas (tudo o que tem a ver com Matthew Barney, o marido da também pouco banal Björk).
Depois, no resto do ano, vai-se falar muito da crise dos cinemas e de que as pessoas não vão aos cinemas e de que os DVDs isto e aquilo e o outro. Bahhh!

Friday, April 21, 2006

INDIE LISBOA 2006

Eu sabia. Me and you and everyone we know é excelente. Está cheio dos dreamy- eye loosers que são as típicas personagens do cinema independente americano. Os diálogos são hilariantes mas mesmo assim muito próximos da realidade. As cenas de antologia são demasiadas para as enumerar aqui, basta referir os últimos momentos de vida dum peixe ou uma conversa na internet absolutamente hilariante onde se inventa um novo tipo de perversão. Há jabs e uppercuts ao mundo da arte moderna (donde a realizadora e actriz principal, a ultra sweet Miranda July, é proveniente). Há a vidinha duma cidadezita americana (ou de um subúrbio, nunca se percebe) mas vista com olhos encantados e não com sarcasmo vazio do Todd Solonz ou a visão apocalíptica do Larry Clark. A história é pequena e enorme. Uma taxista de idosos apaixona-se por um vendedor de sapatos recém saído de um divórcio. Pelo meio, sem pompa nem circunstância nem afectação, toca-se com humor e inteligência nos grandes temas Amor, Morte, Sexo, Inocência. Um adolescente gets very lucky, há uma mão que arde e vendem-se molduras com um botão que faz soar um "I love you". No fim aplaudiu-se. Como devia ser sempre.

Thursday, April 20, 2006

MÁ PIADA

Quem se envolve com uma desconstruccionista acaba feito em bocados.

Wednesday, April 19, 2006

BY THE WAY

Fora do Indie a melhor coisa a ver será tavez o nobody knows, no king. O novo Begnini não é tão mau como o pintam e o Inside Man do Spike Lee vê-se com gosto.

FAIT DIVERS

Vem aí o Indie Lisboa. Abre magnificamente com um filme que ainda não vi mas que sei ir adorar. Muita gente irá contorcer as suas rugas de modéstia com este tipo de afirmação. Como quando se diz que não se gostou dum filme que não se viu e as pessoas rasgam as vestes e forçam-nos a ir ao cinema e sair com um ódio ainda maior ao filme. Mas desta vez tenho resposta. Basta o trailer. Basta o trailer de "me and you and everyone we know", para eu me apaixonar. E quem se apaixona desilude-se? A maior parte das vezes, I supose (especialmente no caso das bandas de rock, que conseguem sempre desiludir mais que qualquer mulher, personagens cinemáticas incluídas; vide o último álbum dos suede ou o novo dos Strokes como exemplos). O que interessa, no entanto, são as poucas vezes em que tal não acontece. E tenho um enorme feeling que vai ser esse o caso com este filme. Além do trailer, existe o site. É um site fabuloso, das melhores coisas que existem na net. Há uma secção em que as pessoas publicam cartas escritas a si próprias quando mais novas. E entretanto existirão também concertos no CCB e muita gente andará em festas a fingir que gosta de dançar e muita gente passeará pela fnac comprando os livros errados, porque comprarão livros que não foram escritos pelo Salinger. E tenho dito.

Monday, April 17, 2006

T-SHIRT

Fuck the Zeitgeist!

Monday, April 10, 2006

HÁ ALGUMA COISA NO AR

E não é a gripe das aves. Talvez seja um prenúncio de tempestade uma antecipação dum terramoto cataclismo whatever. Talvez seja a chave certa do euromilhões. Preferia que Lisboa se tornasse num musical gigante em que toda a gente cantasse o Che sera sera, com vozes desafinadas e coreografias improvisadas. queria ver as velhotas levando os sacos e sorrindo aos arrumadores enquanto lhes cantam "when I wan just a child". Estes, por detrás das suas melenas oleosas continuam "I asked my mother". E toda a gente dança e canta nas esplanadas. O tempo está estranho faz verão faz inverno. Mas não me liguem que eu abusei da dose de tranquilizante de elefantes que consegui sacar do Zoo para consumo próprio recreativo.

Thursday, April 06, 2006

CERTEZAS

O inferno é, no mínimo, um sítio sem chocolates.