SO AND SO
O cinema Londres não via tanta gente há pelo menos vinte anos (ou mais, ou mais...). Grupos de late 20s early 30s, com óculos de massa e t-shirts às riscas horizontais, vagueiam pela Avenida de Roma comentando filmes obscuros para 99% da humanidade. As senhoras das bilheteiras supiram e esperam que isto passe rápido - vem tanta gente comprar bilhetes que não se pode pôr a conversa em dia, fazer crochet ou dormir a soneca do costume. Os projeccionistas estão à beira de um ataque de nervos - bobines que chegam e outras que parte, horários flexiveis, ter que esperar que a malta acabe de falar para iniciar a projecção. O restaurante chinês tailandês ao lado do Hotel Lutécia tem mais que três pessoas a jantar. No king servem-se numa noite de indie do que num mês normal. E entretanto, nos écrans, vão passando coisas maravilhosas (Perfect couple), peculiares (Eli Eli Lema....), chatas (L´intrus) e muito esquisitas (tudo o que tem a ver com Matthew Barney, o marido da também pouco banal Björk).
Depois, no resto do ano, vai-se falar muito da crise dos cinemas e de que as pessoas não vão aos cinemas e de que os DVDs isto e aquilo e o outro. Bahhh!
Depois, no resto do ano, vai-se falar muito da crise dos cinemas e de que as pessoas não vão aos cinemas e de que os DVDs isto e aquilo e o outro. Bahhh!
1 Comments:
grande relato. Acho que o resto do ano não verá um filme tão bom como o perfect couple. a ver a ver.
abraço
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