Wednesday, February 01, 2006

NAS SALAS

Pride and prejudice (orgulho e preconceito) é a melhor adaptação de Jane Austen ao cinema. É tão boa que faz com que as outras pareçam peças do grupo de teatro amador de Fafe filmadas num telemóvel. Keyra é excelente, como a maior parte do elenco. Mas o melhor é a realização com uma câmara que passeia pelos salões como a da Idade da Inocência. Aliás é este o filme que lhe está mais próximo. Embora, como se trata de jane Austen e não de Edith Wharton o romantismo é mais contido e os final menos infeliz.
Thumbsucker (chupa no dedo) é engraçado e original. Vem na onda de alguns novos autores americanos e seus filmes bizarros, como The life acquatic ou I heart Huckabees. Não é tão bom como estes, mas é um olhar sobre a dolescência bem menos estereotipado, pobre e superficial do que o da maior parte dos filmes sobre esta. Daí algumas proximidades também com Donnie Darko. O final é fantástico, muito graças aos Poliphonic Spree.
Match Point é um Woody vs Dosto, ou seja Dostoeyvsky e o seu Crime e Castigo. Scarllett aparece aqui sensual e perfida. Rhyes Meyers (ou lá como se escreve) é o atormentado (da parte do Dosto) e neurótico (da parte do Woody) protagonista que sobe a pulso (perdoem o clichet, mas ele era tenista) a muralha social inglesa. Não é uma comédia, por isso vai desiludir muitos fans do Woody, mas é um filme excelente. Mas penso que não é uma obra-prima. Talvez não, talvez não.

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